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João Inácio Ferreira e a Balsa

 

Sentindo-se prejudicados pelas constantes exigências do Reino Português que já não tornava tão lucrativa a exploração das minas, por volta de 1.800 os desbravadores paulistas e seus descendentes que povoavam as "Minas Gerais", procuravam o Sertão Paulista, onde o café despontava como fonte de riqueza, prenunciando o nascimento de novas cidades.

Balsa Identica a de João Ferreira

Mesmo as famílias originárias do vizinho Estado atravessavam suas divisas e vinham habitar as terras mais produtivas do interior de São Paulo, para a lavoura, ou onde pudesse exercer alguma atividade remunerada.

As terras que viriam a se tornar nosso município eram cortadas por um caminho que ligava o litoral a Uberaba, centro do comércio de vasta região.

Passava próximo às cabeceiras do Córrego Barreiro, encontrando-se com outro caminho que vinha dos lados de Casa Bra­ca, percorrendo alguns quilômetros entre mata virgem até chegar às barrancas do rio Moji Guaçu.

Ali, João Inácio Ferreira, usando uma balsa, transportava tropas, cargas e viajantes, de um para o outro lado do rio.

No local que ficou conhecido como Boa Vista e conservado até hoje, foi instalado um potreiro e, também, erguidos alguns casebres, nos quais residiam pessoas dedicadas a lidar com animais e onde pernoitavam viajantes.

Por volta de 1.861 Joaquim Procópio de Araújo Carvalho comprou do Barão de Souza Queiroz uma grande área de terra que margeava o lado direito do rio e proibiu o tráfego público por ela.

Para poder continuar seu trabalho, João Inácio Ferreira foi obrigado a mudar a balsa rio abaixo, passando a atracar do lado direito, junto à foz do Rio Corrente e do lado esquerdo, próximo à barranca do Ribeirão Santa Rosa e, por precaução, comprou terras nos dois lados.

Ao lado de seu novo porto de atracação, à margem esquerda construiu um casebre de pau-à-pique, onde permanecia grande parte do tempo atendendo aos usuários da balsa.

Também foi construído novo potreiro, para descanso das tropas e de seus condutores.

Na margem direita, entre a atual estrada do Brejão e o Córrego Rio Corrente, distante um quilômetro da barranca do rio, ergueu morada para a família e ali também ficava durante as grandes enchentes que impediam a movimentação da balsa.

Com o nome de Porto das Barcas e Porto de São Vicente Ferreira, o pequeno povoado começou a ser conhecido, passando mais tarde a ser chamado como Porto de João Ferreira.

Depois simplificaram para Porto Ferreira, sem perder ligação com o nome do velho balseiro.

Natural de Minas Gerais, onde nasceu em 1.815, bem provável na cidade de Machado, João Inácio Ferreira foi casado por duas vezes; a primeira com a viúva Joaquina Maria da Conceição, já mãe de três filhos com a qual teve seu primogênito com o nome de Thomé Inácio Ferreira e com a segunda esposa Maria Joana Rosa teve mais um filho, que não chegou a conhecer, por ter nascido após sua morte.

Recebeu o nome de João Inácio Ferreira Filho.

O balseiro João Inácio Ferreira morreu em Pirassununga, onde foi sepultado no dia 10 de Julho de 1.877, com 62 anos de idade e seu filho João Inácio faleceu em Porto Ferreira em 1.915, com 37 anos.

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