"O Porto Ferreira, que há seis anos era uma localidade remotíssima, é hoje um dos lugares que mais rapidamente tem progredido nesta província.
O ano passado (1883), contava com dez casas cobertas de telhas.
Hoje (1884) conta com trinta casas cobertas de telhas, sete cobertas com palha e muitas em construção.
Seu comércio consta de: três lojas de fazendas e ferragens; três armazéns de comissões; cinco casas de secos e molhados; um hotel; uma padaria; uma botica; um bilhar; uma ferraria; uma hospedaria e uma escola particular.
Está em projeto a edificação de um templo, em local ainda não determinado.
Também ressente-se a falta de uma estação de linha férrea, visto que a que está servindo, ainda é a que foi provisoriamente feita.
No entanto, estão bem adiantados os trabalhos na margem do rio, onde vai ser edificada a estação da Navegação Fluvial que vai ser inaugurada por todo o mês de setembro vindouro..."
Porto Ferreira, 15 de agosto de 1884.
Trecho de artigo, publicado no Almanak Litterário de São Paulo, pelo negociante e jornalista José Pessoa da Motta Júnior, então residente em Pirassununga.
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