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Poema de Luiz Rosa Camargo
Os primeiros homens da terra Nativos desta região; Foram os Paiaguás, Habitantes deste rincão. Tribo forte e audaz São nosso sangue e irmão. Como acontece pelo Brasil Este pedacinho de chão, Não poderia ser diferente, Deus colocou sua mão, Abençoando essa gente Existente por toda nação A própria história registra Dos Paiaguás alguns vestígios Como urnas sagradas, Abrigo dos entes prodígios, Encontradas na terra amada Hoje, de muitos prestígios. O caudaloso Mogi Guaçu, Com seus diversos afluentes, Adornado pelas matas sombrias, Transbordava o local com enchentes, E os Paiaguás se reuniam Para caça e pescas frequentes. Eles cultivavam o solo; Além da caça e da pesca, Plantando mandioca e feijão, Realizavam também suas festas, Ao som dos tambores, a reunião Por entre as ocaras na floresta.
Um dia tudo mudou... Com a outra civilização, Chegada a saída de tropeiros, Que passavam por essa região, Marcaram um ponto certeiro Denominado Porto do João. Nas margens do Moji Guaçu, Trabalhava o balseiro João. Passando cargas, tropas e boiadas, Para todo lado com animação Anos a fio a mesma ribada, Hoje, é o nosso Porto do coração.
Nesse vai e vem de pessoas Que passavam pelo Porto do João, Nasceu Porto Ferreira Cantinho nosso de sertão Ao João Inácio Ferreira, Os ferreirenses devem esta união. Do taba lá da melgueira... Do local chamado Fornalha... Vim para Porto Ferreira, Para ajudar na batalha, De seu progresso, a bandeira Sem visar a medalha. Conservando a tradição Legada pelos antepassados. São marcas e raízes profundas... as futuras geraçães serão lembrados Devemos tudo, tornando-se fecundas, Nosso saber e cultura, preservados.
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